Argentinos estão comprando Bitcoin em vez de dólares americanos para se protegerem da desvalorização cambial
A inflação na Argentina leva os cidadãos a comprar Bitcoin em vez do dólar americano, com a exchange de criptomoedas Lemon experimentando um aumento significativo nas compras de BTC. Outras grandes bolsas do país também relatam uma tendência semelhante. O apelo do dólar americano como um ativo de refúgio diminuiu à medida que o valor do Bitcoin aumenta, fazendo com que os habitantes locais usem as suas poupanças em dólares para investimentos de proteção contra a inflação. Não perca as últimas novidades - inscreva-se agora! Siga-nos no Twitter, Facebook e Telegram para mais atualizações.

Argentinos estão comprando Bitcoin em vez de dólares americanos para se protegerem da desvalorização cambial
Os argentinos estão comprando Bitcoins para se protegerem da valorização de sua moeda, segundo um comunicado de imprensa. O país tem uma taxa de inflação de 276%, uma das mais altas do mundo. A exchange de criptomoedas Lemon registrou 35.000 transações para compra de Bitcoin na semana encerrada em 10 de março, o dobro da média do ano passado. Outras grandes bolsas na Argentina, como Ripio e Belo, também registram tendência semelhante. Os volumes de compra de Bitcoin aumentaram dez vezes em comparação com o ano passado, enquanto as compras de stablecoin caíram para 60%. O dólar americano perdeu seu apelo de porto seguro nos últimos dois meses, já que o valor do Bitcoin aumentou 60% em relação ao dólar, enquanto o peso argentino ganhou apenas 10% em relação ao dólar no mesmo período. Os argentinos pouparam cerca de 200 mil milhões de dólares na sua moeda e estão agora a utilizar as suas poupanças em dólares para investir e proteger-se da inflação.
Tabela: Volume de compras de Bitcoin na Argentina (com base em dados do Lemon)
| Período | Volume de compra |
|---|---|
| 2019 | 17.500 |
| 2020 | 20.000 |
| 2021 | 25.000 |
| Janeiro de 2022 | 17.500 |
| Fevereiro de 2022 | 18.000 |
| Marco de 2022 (até 10) | 35.000 |
A tabela mostra o volume de compra de Bitcoin na Argentina com base nos dados da bolsa de criptografia Lemon. Os volumes de compras aumentaram acentuadamente em 2022, indicando a ameaça de inflação na Argentina.
A elevada taxa de inflação de 276% na Argentina tem levado as pessoas a procurar alternativas para armazenar a sua riqueza. Tradicionalmente, o dólar americano tem sido a moeda preferida para poupança, mas devido à ascensão do Bitcoin nos últimos meses, cada vez mais argentinos estão optando por comprar Bitcoin para proteger a sua riqueza. O Bitcoin oferece a vantagem de não ser controlado por governos ou bancos e ter uma oferta total limitada. Isso o torna uma opção atraente para pessoas em países com alta inflação, como a Argentina.
A crescente procura de Bitcoin na Argentina também reflete a tendência geral das pessoas em todo o mundo que procuram criptomoedas para se protegerem contra desvalorizações cambiais e incerteza económica. No entanto, a Argentina é um caso particularmente interessante porque tem uma das taxas de inflação mais elevadas do mundo e as pessoas são gravemente afectadas pelos efeitos da desvalorização monetária.
É importante observar que comprar Bitcoin também traz riscos. O mercado criptográfico é volátil e os preços do Bitcoin podem flutuar enormemente. Também pode haver problemas técnicos ou vulnerabilidades de segurança nas trocas de criptografia. No entanto, a crescente procura de Bitcoin na Argentina é um indicador da crescente aceitação das criptomoedas como ferramenta de proteção de ativos em tempos economicamente incertos.