Luta contra o branqueamento de capitais na Áustria: milhões de dólares desperdiçados!

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O artigo destaca o combate ineficaz ao branqueamento de capitais na Áustria e na Alemanha, custos e recomendações para reformas.

Luta contra o branqueamento de capitais na Áustria: milhões de dólares desperdiçados!

A luta global contra o branqueamento de capitais está a mostrar resultados alarmantes: a luta contra o branqueamento de capitais cobre menos de 0,1 por cento de todos os fluxos de dinheiro criminosos. Isto levanta questões sobre a eficácia e os custos económicos dos regulamentos existentes. De acordo com um relatório do Die Presse, o custo do cumprimento excede as finanças reais confiscadas em mais de 100 vezes. A Áustria está particularmente em destaque porque um relatório preliminar do GAFI (Grupo de Acção Financeira) revela graves deficiências na luta austríaca contra o branqueamento de capitais.

O GAFI considera que o sistema existente de apreensões e processos penais não corresponde à exposição ao risco na Áustria. Uma má classificação pode ter consequências graves a longo prazo, incluindo um acesso mais difícil aos sistemas financeiros internacionais e, em alguns casos, milhares de milhões em prejuízos económicos. Os especialistas recomendam, portanto, uma verificação cuidadosa da implementação das regras existentes antes da introdução de novos regulamentos.

Críticas à implementação

A lacuna entre as intenções políticas e os resultados reais é outro problema fundamental. Os bancos, as empresas e os contribuintes poderão sofrer uma perseguição crescente, enquanto os próprios criminosos muitas vezes permanecem intocados. Como resultado, os custos de conformidade e auditoria são, em última análise, repassados ​​aos clientes. Além disso, o GAFI e outros críticos criticaram a falta de “diretrizes” claras na aplicação da lei.

O GAFI observou que é necessária uma boa estrutura organizacional de combate ao branqueamento de capitais que possa adaptar-se rapidamente. O próprio sector financeiro tem um bom desempenho, mas não recebe as melhores notas na classificação de combate ao branqueamento de capitais. Apenas alguns países podem realmente ostentar uma classificação “altamente eficaz”. Um ponto fundamental é que nem todas as violações da lei podem ser evitadas através de regulamentação, o que sublinha a urgência de medidas políticas mais eficazes.

Supervisão da Alemanha em foco

Em contraste com os resultados críticos na Áustria, o BaFin reporta os progressos na prevenção do branqueamento de capitais na Alemanha. Um relatório da BaFin destaca os pontos fortes do sistema alemão, incluindo uma forte compreensão do risco e um sistema de supervisão eficaz. O GAFI realizou auditorias abrangentes na Alemanha, abrangendo ministérios e agências. Em particular, o Ministério Federal das Finanças, o Ministério Federal da Justiça e a Polícia Criminal Federal foram submetidos a uma análise detalhada.

A Alemanha recebe uma classificação positiva na categoria “Conformidade Técnica”, enquanto a “Eficácia” é moderada, em média. Nas áreas do IO 3 (eficácia da supervisão) e do IO 4 (eficácia das medidas preventivas no sector privado), as avaliações dos países examinados são frequentemente semelhantes ou piores.

Os auditores do GAFI elogiaram o modelo de abordagem baseado no risco da BaFin e o seu compromisso de melhorar ainda mais a supervisão da prevenção do branqueamento de capitais. A fim de criar capacidade adicional aqui, a BaFin está a planear aumentar o seu pessoal de supervisão e criar novos departamentos. O Ministro Federal das Finanças, Christian Lindner, também anunciou a criação de uma nova autoridade federal superior para combater o crime financeiro, que também coordenará a supervisão no setor não financeiro.

Os desenvolvimentos na Áustria e na Alemanha ilustram os desafios e esforços na luta internacional contra o branqueamento de capitais. Resta saber que medidas específicas serão implementadas nos próximos anos para aumentar a eficácia da luta contra o crime financeiro.