Governo planeia aceder a milhares de milhões de euros em contas bancárias esquecidas!
O governo federal planeia utilizar milhares de milhões de euros de contas bancárias inativas para projetos sociais. Saiba mais sobre o plano de fundo.
Governo planeia aceder a milhares de milhões de euros em contas bancárias esquecidas!
O governo federal anunciou planos para uma nova lei que visa mobilizar milhares de milhões de euros das chamadas contas bancárias inativas. Segundo estimativas, há entre dois e nove mil milhões de euros nestas contas, que resultam muitas vezes de bens sem herdeiros ou de contas inacessíveis de titulares falecidos. Estes fundos deveriam fluir para um fundo estatal para investimentos sociais, tal como estabelecido no acordo de coligação entre a União e o SPD.
Um aspecto central desta iniciativa é o desejo de utilizar os fundos para servir o bem comum, à semelhança do que já foi implementado na Grã-Bretanha. Lá, os recursos das contas inativas são transferidos para projetos sociais após 15 anos de utilização. O governo federal também planeia introduzir uma definição legal para contas inactivas e criar um registo central para registar de forma abrangente estas contas.
Desafios e preocupações legais
A Associação Bancária Alemã expressou preocupação sobre os obstáculos legais associados à lei planeada. Atualmente não existem requisitos legais que especifiquem o período após o qual uma conta é considerada inativa. O conselheiro geral da Associação Bancária Alemã, Thorsten Höche, chama a atenção para as dificuldades que podem surgir de uma possível intervenção estatal nos direitos de propriedade.
A falta de clareza sobre se uma conta é classificada como inativa após cinco, dez ou vinte anos sem movimentação representa outro problema. Atualmente, de acordo com a lei alemã, os bens sem herdeiros vão para o respectivo estado federal ou governo federal se nenhum herdeiro puder ser identificado. Os bancos estão autorizados a reter fundos após 30 anos sem movimentação de conta. Para contas esquecidas, mas não sem herdeiros, o dinheiro também é transferido para o banco após 30 anos, embora o banco seja obrigado a pagar o valor em caso de reclamações posteriores.
Fatores de risco e críticas
Os críticos alertam que o uso prematuro destes fundos pode levar a conflitos jurídicos. Se o governo reclamar fundos de bancos que possam pertencer a outro titular de conta, isso poderá levar a disputas legais significativas. Se o titular da conta falecer, primeiro deve-se verificar se há herdeiros. Caso contrário, o Estado actua como herdeiro e pode reclamar contra os bancos, pelo que o dinheiro irá para o Estado do último local de residência do falecido.
No geral, os planos do governo federal estão sob pressão para eliminar incertezas jurídicas e definir regulamentações claras para contas inativas. O debate sobre o acesso a estes fundos continuará a intensificar-se nos próximos meses à medida que o quadro jurídico apropriado for desenvolvido.
Você pode encontrar mais informações sobre este assunto em Norte24 e MDR.