O desastre financeiro de Rostock: défice de 40,9 milhões de euros – e agora?
A cidade de Rostock reporta um défice financeiro de 40,9 milhões de euros para 2024. As causas são o aumento dos custos sociais e a queda dos rendimentos.

O desastre financeiro de Rostock: défice de 40,9 milhões de euros – e agora?
A administração municipal de Rostock apresentou aos cidadãos um relatório sobre as contas financeiras preliminares para 2024. Há um défice de 40,9 milhões de euros no orçamento financeiro da cidade após o reembolso de empréstimos no valor de 10 milhões de euros. O orçamento inicialmente previa um prejuízo de 35,3 milhões de euros. Esta perda representa o pior resultado anual desde 2004.
O Senador das Finanças, Dr. Chris von Wrycz Rekowski, salienta que a crise nacional nas finanças municipais também atingiu Rostock. As causas do resultado negativo incluem o aumento dos encargos sociais, acordos colectivos elevados, uma economia estagnada e receitas fiscais mais baixas. Além disso, os números da população e as previsões económicas foram revistos em baixa. Embora as empresas de distribuição de lucros da cidade estejam em declínio, as suas necessidades financeiras estão a aumentar.
Medidas da administração municipal
Para enfrentar os desafios, a administração municipal pretende aumentar a eficiência administrativa e otimizar custos com pessoal, aluguel, materiais e energia. Além disso, é necessária uma reorganização fundamental das finanças municipais. Um aspecto positivo neste contexto é que em 2024 foram realizados investimentos no valor de 112,8 milhões de euros, o que representa um novo recorde. Esses investimentos superam a média dos anos anteriores e permitiram avanços na renovação e ampliação da infraestrutura da cidade.
Num contexto mais amplo, um estudo sobre as finanças municipais na Renânia do Norte-Vestefália esclarece os problemas estruturais que muitos municípios enfrentam. IW Colônia relata que os reembolsos de custos e as dotações gerais do país têm o impacto negativo mais forte sobre a dívida. Além disso, os investimentos e os pagamentos de transferências sociais aumentam significativamente a dívida, enquanto as receitas fiscais mais elevadas têm um impacto menor.
O estudo destaca que antes da eclosão da pandemia corona, os gargalos nos orçamentos municipais haviam diminuído. Para resolver os problemas existentes, recomenda-se uma combinação de medidas que inclua também níveis mais elevados de pagamentos de segurança social por parte dos governos federal ou estadual. Um fundo de investimento proposto com um volume de 450 mil milhões de euros também deverá ajudar a aliviar os encargos sobre os municípios.