A Grã-Bretanha planeja ofensiva de defesa: Starmer promete empregos!
O primeiro-ministro britânico Starmer apresenta estratégia de defesa com bilhões em investimentos em armas em Glasgow, em 3 de junho de 2025.
A Grã-Bretanha planeja ofensiva de defesa: Starmer promete empregos!
Em 3 de junho de 2025, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, apresentou a estratégia de defesa da Grã-Bretanha para os próximos dez anos. A estratégia visa reforçar a preparação da defesa e promover o crescimento económico e o mercado de trabalho através de investimentos maciços em armas. Esta apresentação teve lugar no estaleiro BAE em Glasgow, onde foram apresentados os excelentes planos de modernização da defesa.
As medidas previstas incluem a construção de fábricas de munições, submarinos e navios de guerra, bem como o aumento do número de efetivos nas forças armadas, especialmente no exército. Além disso, será criada uma nova força de defesa civil, enquanto a dissuasão nuclear deverá ser modernizada. Starmer pretende concentrar-se mais na preparação de defesa do Reino Unido dentro da OTAN e afastar-se da abordagem global dos seus antecessores, particularmente Boris Johnson.
Investimentos na indústria de defesa
A modernização das forças armadas é amplamente apoiada na Grã-Bretanha. A Marinha Real possui atualmente 14 grandes navios de guerra, 6 destróieres e 8 fragatas em serviço. No entanto, faltam navios anfíbios de desembarque. Para melhorar de forma sustentável as capacidades de defesa até 2030, o governo planeia aumentar o número de destróieres e fragatas para 25 e construir 12 submarinos da classe Astute.
Os investimentos em novas munições ascendem a cerca de 7 mil milhões de euros, sendo um quarto deste montante investido em áreas estruturalmente fracas. Além disso, quase 18 mil milhões de euros estão destinados à modernização das armas nucleares, com mísseis nucleares estratégicos estacionados em quatro submarinos da classe Vanguard. No entanto, o primeiro-ministro Starmer rejeitou o pedido de expansão das armas nucleares para ogivas mais pequenas.
Desafios econômicos
Embora a Grã-Bretanha tenha extensos planos de armamento, o país enfrenta desafios financeiros e estruturais. O Exército Britânico necessita urgentemente de modernização e as despesas com a defesa deverão aumentar para 2,5% do produto interno bruto (PIB) até 2027, com o objectivo de atingir a meta de 3% da NATO até 2030. Os custos adicionais das despesas com a defesa estão estimados em pelo menos 16 mil milhões de euros por ano.
Um acordo-quadro com empresas mais pequenas, como a empresa de engenharia mecânica GW Martin em Eastleigh, que produz componentes para a indústria de defesa, faz parte da estratégia. O executivo-chefe da empresa, Stuart Yalden, conversou com Starmer sobre o papel das pequenas empresas na indústria de defesa na condução do crescimento econômico. Ao mesmo tempo, porém, há críticas de que a ajuda internacional ao desenvolvimento está a ser severamente cortada, o que está a conduzir a tensões políticas e a demissões.
Em resumo, a estratégia de defesa do Reino Unido mostra uma direcção clara que se centra tanto na segurança nacional através da modernização e do rearmamento como no crescimento económico. Contudo, os especialistas alertam que a Grã-Bretanha precisa de se tornar mais independente dos EUA em termos de equipamento militar e decisões estratégicas, a fim de garantir uma capacidade de defesa sustentável. A aprovação do governo poderia ser influenciada de forma duradoura pela mudança da utilização de fundos do sistema social para despesas de defesa.
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