Ativos especiais: Merz clama por liberdade, mas as críticas ao caos estão crescendo!
Um fundo especial de 500 mil milhões de euros promoverá investimentos em defesa e infraestruturas em 2025 – críticas e oportunidades.
Ativos especiais: Merz clama por liberdade, mas as críticas ao caos estão crescendo!
Na Primavera de 2025, o governo alemão decidiu criar um fundo especial de 500 mil milhões de euros destinado a investir na defesa e nas infra-estruturas. Esta decisão foi tomada como parte de uma mudança fundamental na Lei Básica. As mudanças específicas trouxeram novas liberdades para os países na forma como utilizam os fundos. Eles não exigem mais aprovação federal prévia, o que gerou um debate sobre responsabilidade e controle sobre o uso dos recursos. Os críticos alertam para projetos individuais descoordenados e distribuição pouco clara.
O líder da CDU, Friedrich Merz, expressou confiança nas novas liberdades que os municípios receberão e enfatizou a necessidade de novas dívidas. Na Conferência do Primeiro Ministro em 20 de junho de 2025, o Primeiro Ministro da Saxônia, Michael Kretschmer, elogiou o novo regulamento. O que é particularmente digno de nota é que 100 mil milhões de euros do fundo especial irão fluir diretamente para os estados federais, que também podem utilizar estes fundos para instalações desportivas, projetos culturais, segurança interna, gestão de recursos hídricos e construção de habitação.
Reações e preocupações políticas
As novas regulamentações encontraram aprovação e resistência dentro do governo federal. Ralph Brinkhaus, da CDU, apelou a uma priorização sistemática dos projectos, a fim de satisfazer as necessidades reais. Ao mesmo tempo, representantes do Partido Verde expressaram preocupações. Sebastian Schäfer, dos Verdes, criticou que o fundo especial foi utilizado principalmente para garantir a coligação, em vez de garantir a viabilidade futura do país. A aprovação da alteração à Lei Básica pelos Verdes também estava condicionada ao facto de se tratar de despesas adicionais e não de uma redistribuição dos fundos existentes.
O quadro jurídico do fundo especial foi criado através da alteração dos artigos 109.º, 115.º e 143.º-H da Lei Básica. Estas mudanças permitem investimentos financiados por crédito na defesa e na protecção climática fora do travão da dívida, o que aumenta a flexibilidade do governo federal. A alteração à Lei Básica obteve ampla maioria no Bundestag, com 512 votos a favor, enquanto 206 deputados votaram contra. A reforma também foi aprovada no Bundesrat, com a Baviera e outros estados federais contribuindo para a maioria.
Efeitos da mudança na Lei Básica
O novo pacote de investimento está ligado à expectativa de que os fundos sejam aprovados durante um período de doze anos e que o Bundestag possa decidir por maioria simples como os fundos serão especificamente utilizados. O freio à dívida dos estados federais também será flexibilizado, permitindo-lhes contrair empréstimos no valor de 0,35% do PIB. Isto oferece aos países a oportunidade de fazer investimentos urgentemente necessários em infra-estruturas e protecção climática.
Globalmente, os intervenientes políticos enfrentam agora o desafio de utilizar os fundos atribuídos de forma eficiente e direcionada. Resta saber como os estados e municípios utilizarão o fundo especial e se os temores de uma distribuição descoordenada dos recursos se concretizarão.
O debate sobre o fundo especial e as alterações associadas está longe de terminar. Os críticos e apoiantes continuarão a discutir intensamente como o futuro da política de investimento alemã deverá ser moldado. Embora a CDU e o SPD se concentrem no reforço das infra-estruturas e da defesa, a utilização dos fundos permanece sob observação da oposição e do público.
[Merkur] relata que as mudanças na Lei Básica foram consideradas constitucionalmente permitidas depois que pedidos urgentes e ações judiciais contra a mudança na Lei Básica foram rejeitados pelo Tribunal Constitucional Federal. Isto dá ao governo apoio adicional na implementação dos seus planos.
[bpb] também explicou que os fundos especiais representam orçamentos especiais dedicados a fins específicos e não estão sujeitos ao freio da dívida, o que é de grande interesse na atual situação política.