Regulamentação de stablecoins: começa a corrida pelo futuro criptográfico!
A regulamentação das stablecoins pode revolucionar a indústria criptográfica. Os investidores institucionais estão demonstrando interesse. Desenvolvimentos actuais na UE e nos EUA.

Regulamentação de stablecoins: começa a corrida pelo futuro criptográfico!
A regulamentação do Stablecoin tem o potencial de atuar como um catalisador para toda a indústria criptográfica. O interesse dos investidores institucionais poderá aumentar significativamente através de condições-quadro claras, o que aumenta a atratividade das moedas digitais. Ash Pampati, da Fundação Aptos, destaca que o mundo fora dos EUA já está apostando pesadamente em stablecoins, enquanto os EUA estão agora prestes a tomar medidas semelhantes. As stablecoins não oferecem apenas eficiência, mas também possibilidades transfronteiriças, tornando-as particularmente atraentes para transferências internacionais de dinheiro. Particularmente nos mercados emergentes, as stablecoins funcionam como uma proteção contra a volatilidade das moedas fiduciárias, aumentando ainda mais a sua utilidade.
Uma pesquisa mostra que a América Latina lidera no uso de stablecoins para pagamentos internacionais, com 71% de usuários. Além disso, 86% das empresas estão prontas para integrar stablecoins em seus modelos de negócios, com 75% vendo uma demanda clara dos clientes. A regulamentação desempenha aqui um papel crucial, uma vez que o sucesso e a aceitação das stablecoins dependem fortemente dos desenvolvimentos regulamentares. Na União Europeia, um passo importante nesta direção está a ser dado com o Regulamento MiCA (Mercados de Criptoativos), que pretende promover a inovação e a proteção dos investidores.
Regulamentação MiCA: um marco para a regulamentação criptográfica
O regulamento MiCA visa uma regulamentação baseada no risco e cria quadros jurídicos que são importantes para a respetiva indústria. Espera-se que os regulamentos sobre criptoativos referenciados a ativos e tokens de moeda eletrónica entrem em vigor em julho de 2024, enquanto a maior parte do regulamento entrará em vigor no início de 2025. As autoridades de supervisão europeias, incluindo a BaFin, já estão a trabalhar na regulamentação técnica e nos atos jurídicos de implementação, bem como nas orientações necessárias.
Na Alemanha, muitas empresas com ativos criptográficos já estão sujeitas a licenciamento. Os fornecedores devem preparar um documento ou white paper sobre emissões e enviá-lo às autoridades reguladoras. A aprovação é necessária para ofertas públicas de tokens de dinheiro eletrônico e tokens referenciados a ativos. O regulamento da UE define três categorias de criptoativos: tokens de dinheiro eletrónico, tokens referenciados a ativos e tokens utilitários. Em particular, as criptomoedas comuns, como Bitcoin e Ethereum, enquadram-se no âmbito do MiCA, enquanto os tokens de segurança e os NFTs geralmente não são cobertos.
Perspectivas e desafios de longo prazo
Os pedidos de resgate contra emitentes são obrigatórios para os clientes, tal como os requisitos mínimos de liquidez para emitentes. Os prestadores com mais de 15 milhões de utilizadores ativos são considerados prestadores significativos e estão sujeitos a uma supervisão acrescida. A ESMA também defende a convergência da supervisão e mantém uma “lista negra” para os prestadores que não cumprem os requisitos do MiCA. Estes desenvolvimentos podem ter implicações de longo alcance para a indústria e encorajar uma adoção e utilização mais amplas de stablecoins.
Em resumo, a regulamentação das stablecoins, especialmente através de iniciativas como a regulamentação MiCA, poderia não só revolucionar a indústria criptográfica, mas também aumentar a confiança dos investidores. Com diretrizes claras, os investidores institucionais poderiam continuar a entrar, o que teria um impacto significativo no futuro das stablecoins.