A Reserva Federal dos EUA está a conduzir a América para uma crise bancária
A Reserva Federal levou os EUA à beira de outra crise bancária, segundo um antigo funcionário do FMI. Desmond Lachman afirma num artigo para o think tank The American Enterprise Institute que o presidente do Fed, Jerome Powell, está a provocar uma crise bancária. Através de uma política monetária restritiva e de baixa liquidez, a Fed está a exacerbar os problemas existentes no sistema bancário. Lachman alerta para uma grave recessão económica e uma possível crise no sector imobiliário, que poderá resultar na falência de muitos bancos de pequena e média dimensão. Leia o artigo completo aqui.

A Reserva Federal dos EUA está a conduzir a América para uma crise bancária
Um antigo funcionário do Fundo Monetário Internacional (FMI) acredita que a Reserva Federal dos EUA (Fed) levou a América à beira de outra crise bancária. Num novo post no blog do think tank The American Enterprise Institute (AEI), Desmond Lachman, vice-diretor da divisão de desenvolvimento e revisão de políticas do FMI, diz que o presidente do Fed, Jerome Powell, está “convidando uma crise bancária”. Lachman argumenta que o Fed está a piorar a situação através da sua política monetária restritiva e da baixa liquidez nos bancos.
O antigo funcionário do FMI vê isto como um erro que aumenta as probabilidades de uma aterragem brusca para a economia dos EUA e empurra as instituições financeiras para a beira de uma nova crise bancária. Lachman sublinha que o segmento imobiliário comercial, que constitui grande parte das carteiras de empréstimos dos bancos norte-americanos, é um ponto fraco para a indústria e pode levar à falência de cerca de 385 pequenos e médios bancos.
De acordo com Lachman, mais de US$ 900 bilhões em empréstimos imobiliários comerciais deverão ser pagos somente este ano. É pouco provável que estes empréstimos possam ser novamente refinanciados sem uma grande reestruturação, especialmente dadas as taxas de juro significativamente mais elevadas em comparação com o momento do empréstimo.
Para os bancos regionais, que são uma importante fonte de financiamento para pequenas e médias empresas, uma onda de incumprimentos em empréstimos imobiliários comerciais poderá ser particularmente problemática. Os empréstimos imobiliários comerciais representam cerca de 18% da carteira total de empréstimos desses bancos.
É importante notar que esta publicação no blogue é a avaliação de um indivíduo e não reflecte necessariamente as opiniões do FMI, da AEI ou de outras partes envolvidas.
Possíveis efeitos
Uma crise bancária nos EUA poderá ter efeitos de longo alcance na estabilidade financeira global. Tal como demonstrou a crise financeira global de 2008, as crises bancárias podem levar a uma reacção em cadeia na qual os bancos entram em colapso, os empréstimos entram em incumprimento e os empréstimos ficam paralisados. Isto poderia levar a uma recessão e ameaçar a estabilidade do sistema financeiro global.
A economia regional e as pequenas e médias empresas em particular poderão ser afectadas por uma crise bancária. Se os bancos tiverem grandes montantes de empréstimos inadimplentes e restringirem os empréstimos, as empresas poderão ter dificuldades para obter financiamento. Isto poderia levar a falências e perda de empregos.
Outro resultado possível de uma crise bancária nos EUA seria a intervenção governamental para salvar os bancos. Para evitar um colapso do sistema financeiro, os governos podem ser forçados a fornecer apoio financeiro aos bancos e possivelmente a nacionalizá-los. Isto teria um impacto significativo nas famílias e nos contribuintes, que teriam de suportar os custos.
Fatos históricos
A crise financeira de 2008 foi uma das piores crises financeiras da história dos EUA e teve um sério impacto na economia global. Originalmente desencadeada pelo colapso do mercado imobiliário dos EUA, a crise levou a um grande número de falências bancárias e a uma grave recessão.
A crise foi desencadeada por uma combinação de incerteza no crédito, comportamento arriscado dos bancos, dívida privada excessiva e supervisão governamental inadequada. Conduziu a reformas abrangentes da regulamentação financeira e a uma reavaliação dos riscos no setor bancário.
Tabela: Informações sobre bancos potencialmente afetados
| banco | Tamanho | Condição atual |
|---|---|---|
| Banco A | Pequeno | Estavel |
| Banco B | Tamanho médio | Em perigo |
| Banco C | Grande | Estavel |
| Banco D | Pequeno | Em perigo |
| Banco E | Tamanho médio | Estavel |
| Banco F | Grande | Em perigo |
A tabela acima serve apenas como exemplo e não se baseia em dados ou informações atuais.
Conclusão
A avaliação do antigo funcionário do FMI, Desmond Lachman, de que a Reserva Federal dos EUA poderia levar a América a uma crise bancária expõe os riscos potenciais de uma política monetária restritiva e de baixa liquidez nos bancos. O segmento imobiliário comercial, em particular, poderá representar um grande desafio para a indústria e resultar na falência de muitos bancos de pequena e média dimensão.
Uma crise bancária teria efeitos de longo alcance na economia e na estabilidade financeira, tanto nos Estados Unidos como a nível mundial. A experiência histórica mostra que a intervenção governamental e reformas abrangentes podem ser necessárias para estabilizar o sistema financeiro e limitar os danos às empresas e à sociedade. Resta saber se a avaliação de Desmond Lachman se concretizará e que medidas serão tomadas para conter o risco de uma crise bancária.