Governo federal planeja reforma previdenciária: os autônomos deveriam ser incluídos!

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O seguro de pensões alemão está a discutir a inclusão dos trabalhadores independentes e dos funcionários públicos no fundo de pensões legal, a fim de melhorar o financiamento.

Governo federal planeja reforma previdenciária: os autônomos deveriam ser incluídos!

O debate sobre a reforma do seguro de pensões na Alemanha está a ganhar força. O seguro de pensões alemão é actualmente a favor da inclusão dos trabalhadores independentes no fundo de pensões legal. A Presidente Gundula Roßbach enfatiza que uma comunidade maior de contribuintes permite uma redistribuição baseada na solidariedade na sociedade. Esta medida está prevista no acordo de coligação e é considerada necessária para tornar o seguro de pensões sustentável. Ao mesmo tempo, porém, existe cepticismo quanto ao envolvimento dos funcionários públicos, um processo que Roßbach descreve como demorado e fácil de planear.

Um ponto crucial na discussão sobre a reforma das pensões é o possível potencial para efeitos de financiamento positivos no sistema de repartição, que poderiam surgir se os trabalhadores independentes mais jovens, anteriormente não segurados, fossem incluídos no seguro obrigatório. Para os funcionários públicos, porém, a situação é mais complexa. Roßbach aponta para o exemplo da Áustria, onde a transição para o fundo de pensões exige pelo menos uma vida profissional. Apenas as contribuições dos funcionários públicos envolvidos teriam de ser utilizadas para financiar as pensões actuais, o que não teria um efeito financeiro positivo no seguro de pensões a curto prazo.

Controvérsias políticas e resistência

A discussão é ainda alimentada pelas declarações da Ministra do Trabalho e Assuntos Sociais, Bärbel Bas (SPD), que também fez uma proposta para incluir funcionários públicos, políticos e trabalhadores independentes no fundo de pensões. No entanto, esta proposta encontra resistência dentro da União, representada pelo chefe da Chancelaria, Thorsten Frei (CDU). Frei argumenta que a proposta não está ancorada no acordo de coalizão e não representaria um modelo de financiamento viável.

Bärbel Bas justifica o seu plano com a necessidade de melhorar o rendimento do seguro de pensão legal. Esta visão não é compartilhada por todos. A Associação Alemã da Função Pública rejeitou veementemente a proposta, enquanto a Esquerda e a associação social VdK a acolheram favoravelmente. A economista Monika Schnitzer apoia a inclusão dos servidores públicos no sistema previdenciário, mas ainda vê a necessidade de uma reforma do sistema previdenciário.

Riscos e alternativas

No entanto, os economistas alertam que a inclusão dos funcionários públicos poderia aliviar a carga sobre os fundos de pensões a curto prazo, mas poderia levar a contribuições mais elevadas a longo prazo. Uma proposta alternativa dos economistas prevê que os funcionários públicos e os empregados contribuam para diferentes fundos de pensões, que, no entanto, seguem as mesmas regras básicas. É também salientado que existem obstáculos constitucionais à reforma das pensões dos funcionários públicos na Alemanha, que exigem uma decisão dos governos federal e estadual.

A discussão sobre a reforma das pensões é exacerbada pelo facto de a pensão média na Alemanha ser de cerca de 1.200 euros brutos após 45 anos de seguro, enquanto os funcionários públicos recebem mais de 3.000 euros brutos. Esta desigualdade poderia ser potencialmente reduzida através da inclusão de todos os grupos profissionais no seguro de pensões, mas continua a ser uma questão sensível na agenda política.

Os próximos passos mostrarão se é possível chegar a um consenso sobre os comentários dos vários intervenientes políticos ou se as diferenças permanecem inconciliáveis. O debate sobre a inclusão dos trabalhadores independentes e dos funcionários públicos não é apenas uma questão económica, mas também social que deve continuar a ser discutida no futuro. Você pode encontrar mais informações sobre isso nos relatórios de Notícias MM e Mercúrio.