Os Verdes exigem seguro obrigatório a nível nacional contra perigos naturais!

Transparenz: Redaktionell erstellt und geprüft.
Veröffentlicht am

Os Verdes apelam a um seguro obrigatório a nível nacional para riscos naturais. A Saxônia-Anhalt poderia ser pioneira. Debates e modelos atuais.

Os Verdes exigem seguro obrigatório a nível nacional contra perigos naturais!

Na Alemanha, a introdução de um seguro obrigatório contra riscos naturais está a tornar-se cada vez mais o foco do debate político. Cornelia Lüddemann, presidente do grupo parlamentar dos Verdes na Saxónia-Anhalt, apela a um seguro solidário para catástrofes naturais, que deveria ser implementado em todo o território federal. Na sua opinião, a Saxônia-Anhalt poderia atuar como pioneira aqui. Os Verdes planeiam lançar uma iniciativa do Conselho Federal para alcançar uma regulamentação abrangente. Lüddemann também critica os longos tempos de processamento que os cidadãos e empresas afetados têm atualmente de suportar e enfatiza a urgência de mudar a lei.

O ministro do Meio Ambiente, Armin Willingmann, do SPD, apoia a ideia do seguro obrigatório e enfatiza que os programas de ajuda estatal após desastres naturais devem ser reduzidos no longo prazo. “Deve ser elaborado um projeto de lei para expandir o seguro de edifícios residenciais para incluir proteção elementar”, disse Willingmann. Está também a ser examinado se os proprietários de edifícios deveriam ter a oportunidade de recusar o seguro contra riscos naturais, o que, no entanto, os excluiria de todos os auxílios estatais em caso de danos.

Apoio político e resistência

Embora os Verdes e o SPD sejam a favor do seguro obrigatório, também existe resistência no cenário político. O grupo parlamentar do FDP rejeita tal exigência de seguro para os proprietários. Em vez disso, exigem que as companhias de seguros sejam obrigadas a fazer ofertas de seguro contra riscos naturais.

Uma análise do passado mostra a urgência destas medidas: nos últimos anos, as catástrofes naturais causaram danos imensos, que sem uma cobertura de seguro adequada podem até ameaçar a existência de muitos cidadãos e empresas. Por iniciativa de Baden-Württemberg e da Renânia do Norte-Vestfália, o Conselho Federal já decidiu sobre o seguro obrigatório contra riscos naturais. Esta decisão surge no contexto de que a falta de cobertura de seguro sobrecarrega os governos federal e estadual com elevados custos de acompanhamento, o que mostra mais uma vez a necessidade de uma solução política. O governo federal é agora chamado a desenvolver uma lei correspondente.

Modelos e desafios exemplares

Na discussão política, vários modelos estão sendo discutidos para encontrar uma possível solução. Um exemplo é o seguro multirriscos solidário, oferecido em França pela “Pool Catastrophes Naturelles”, ou o seguro Extremus, que funciona como uma parceria público-privada. Resseguradoras como a Hannover Re estimam as perdas seguradas decorrentes de eventos naturais noutros países, como os terramotos na Turquia e na Síria, em 3,5 a 4 mil milhões de euros.

As inundações no Vale do Ahr em 2021 também ilustram os problemas que a falta de proteção de seguros traz consigo: no total, as perdas seguradas ascenderam a 8,5 mil milhões de euros em 213.000 sinistros. Em muitas regiões vulneráveis, as empresas têm dificuldade em obter cobertura de seguro porque as seguradoras estão menos dispostas a oferecer cobertura contra riscos naturais. Especialmente nas zonas inundadas, muitas vezes a cobertura de seguro já não está disponível, o que mais uma vez sublinha a procura de seguro obrigatório.

Globalmente, o debate político sobre o seguro obrigatório contra riscos naturais é acompanhado por opiniões diferentes. Embora alguns políticos e associações estejam cépticos quanto a esta medida, economistas do Instituto Ifo defendem a introdução de tais seguros. A introdução da cobertura obrigatória contra riscos naturais poderia não apenas garantir maior segurança, mas também reduzir potencialmente os custos para os governos federal e estadual no longo prazo.

O processo político continua emocionante e resta saber com que rapidez uma lei correspondente poderá ser introduzida. Os próximos meses serão cruciais para o futuro da cobertura de seguros na Alemanha.