Seguro obrigatório para proprietários: Merz quer reduzir os riscos climáticos!

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O governo federal está planejando seguro obrigatório para proprietários de residências em 19 de maio de 2025, a fim de promover soluções climáticas e minimizar riscos financeiros.

Seguro obrigatório para proprietários: Merz quer reduzir os riscos climáticos!

O governo negro-vermelho sob o comando do chanceler Friedrich Merz (CDU) está a planear novos seguros obrigatórios para os proprietários de casas, a fim de enfrentar os desafios das alterações climáticas. Isto foi relatado pelo Jornal Hersfeld. Como parte desta iniciativa, as novas apólices de seguro de construção incluirão, no futuro, seguro contra riscos naturais. O objetivo é aumentar a proteção contra eventos naturais, que têm ocorrido cada vez mais na Alemanha nos últimos anos.

O objetivo é que os contratos existentes sejam expandidos para incluir seguros elementares dentro de um determinado prazo. De acordo com uma pesquisa do Instituto Ifo, realizada entre mais de 8.000 famílias e 639 empresas, 39% dos alemães apoiam o seguro obrigatório contra riscos naturais, enquanto 27% são contra. Muitas famílias preferem o seguro solidário e consideram-no mais justo do que os auxílios estatais ad hoc.

Antecedentes da discussão

Observa-se uma nova atitude em relação ao seguro obrigatório, especialmente em zonas com baixo risco de inundações. Este desenvolvimento surgiu no contexto da devastadora catástrofe do Vale do Ahr em 2021 e das inundações no sul da Alemanha em 2024, que colocaram o tema em destaque. O Conselho Federal exige seguro obrigatório porque 99% dos imóveis possuem seguro predial residencial, mas menos da metade estão segurados contra riscos naturais. A catástrofe das cheias no Vale do Ahr causou danos superiores a 40 mil milhões de euros, embora apenas cerca de metade dos edifícios residenciais estivessem cobertos por seguros contra riscos naturais.

Muitos especialistas consideram que o planeamento de seguros obrigatórios é útil para fornecer proteção financeira contra danos relacionados com o clima. A integração da proteção contra inundações e chuvas fortes no seguro de construção também faz parte do acordo de coligação entre a União e o SPD. É também mencionado que na Alemanha apenas cerca de 50% dos edifícios estão segurados contra riscos naturais, como inundações, e na Baixa Saxónia é apenas pouco menos de 30%.

Críticas e abordagens alternativas

No entanto, o Ministro da Justiça Federal, Marco Buschmann (FDP), rejeita o seguro obrigatório e, em vez disso, aposta em campanhas educativas para aumentar a cobertura do seguro voluntário. O Ministério Federal da Justiça (BMJ) argumenta que o seguro obrigatório não reduz a probabilidade de ocorrência de danos naturais e pode criar burocracia adicional. Os custos do seguro contra riscos naturais podem variar entre 100 e 2.000 euros anuais, dependendo de vários fatores.

Nos últimos anos, os prémios de seguro residencial já aumentaram cerca de 15% e deverão aumentar mais 7% em 2024. A Associação Geral da Indústria de Seguros Alemã (GDV) também espera que os prémios de seguro dupliquem nos próximos dez anos devido aos impactos climáticos. Este aspecto levanta questões adicionais sobre a viabilidade financeira de muitas famílias, uma vez que muitas das pessoas afectadas pelas inundações e pelas fortes chuvas, em particular, não podem pagar ou não têm acesso à cobertura de seguro voluntário.

A discussão sobre o seguro obrigatório tem sido intensa desde a catástrofe de Ahrtal, e foi criado um grupo de trabalho federal-estatal sobre riscos naturais para examinar opções para aumentar o seguro contra riscos naturais. Os apelos a um seguro obrigatório a nível nacional são apoiados por vários estados e pelo Partido Verde e criticam o BMJ pela suposta inacção.