Escândalo de seguros: a liquidação de sinistros fictícios não será esquecida!

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Descubra como são feitos os lançamentos do HIS para faturas fictícias de veículos e quais as consequências jurídicas daí resultantes.

Escândalo de seguros: a liquidação de sinistros fictícios não será esquecida!

Uma decisão recente do Tribunal Regional de Munique está a causar agitação no sector dos seguros de veículos automóveis. Basicamente, tratava-se de cadastro no sistema de avisos e informações das seguradoras (HIS), que pode armazenar lançamentos por até 6 anos para evitar fraudes em seguros. Neste caso específico, o proprietário de um automóvel sinistro estava em litígio com a sua seguradora relativamente a uma fatura fictícia.

O demandante tinha originalmente faturado ficticiamente uma indemnização no valor de 6.717 euros, sem apresentar prova de que as reparações foram realizadas. Quando a seguradora demandada comunicou essa cobrança ao HIS, o reclamante finalmente mandou consertar seu carro e apresentou a confirmação do conserto por um perito. Apesar da reparação, o tribunal solicitou a eliminação do registo do HIS, mas este foi recusado. Jornal Borken relata que o tribunal concluiu que os requisitos para eliminação de acordo com o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) não foram cumpridos porque a reparação efetuada não foi comprovadamente completa e profissional.

Situação jurídica e requisitos de prova

Principalmente nos casos de cobrança fictícia, existe uma grande dificuldade para a exclusão de lançamentos no SIS. De acordo com o Escritório de advocacia Rehder O seguro integral pode fazer lançamentos no HIS se o valor do dano for superior a 1.500 euros. Nesse caso, o lançamento foi feito porque o autor cobrou de forma fictícia. O tribunal distrital também decidiu que a inscrição no HIS se justificava porque serve para detectar fraudes em seguros.

O tribunal obteve ainda a informação de que a confirmação da reparação obtida continha apenas imagens do veículo a maior distância e que a fiscalização não cumpria os critérios exigidos. Faltavam evidências claras da substituição profissional de peças e da instalação de peças sobressalentes originais. Além disso, o autor não conseguiu fornecer provas suficientes de que o dano real tinha sido completamente reparado.

Proteção de dados e entradas no HIS

O armazenamento de dados no HIS não é importante apenas para detectar possíveis abusos, mas também é realizado de acordo com os requisitos do GDPR. O artigo 17.º, n.º 1, alínea d), prevê a eliminação de dados pessoais caso tenham sido tratados ilegalmente. Neste caso, porém, o tribunal concluiu que não houve tratamento ilícito. Escritório de advocacia Rehder salienta que o interesse do setor segurador em prevenir comportamentos abusivos também desempenha um papel importante.

Em resumo, este caso mostra como é importante que os proprietários de veículos forneçam todas as evidências necessárias para os reparos. Simples relatórios de danos e declarações fictícias podem ter consequências a longo prazo que afetam não só o prémio do seguro, mas também a entrada em importantes sistemas de informação. Em última análise, a questão da prova completa das reparações continua a ser central para fazer valer legalmente as suas próprias reivindicações contra as companhias de seguros.