A economia da Baviera grita: menos férias para mais crescimento!

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O vbw pede o cancelamento dos feriados para fortalecer a economia da Baviera. Especialistas discutem impacto no PIB.

Die vbw fordert die Streichung von Feiertagen zur Stärkung der bayerischen Wirtschaft. Experten diskutieren Auswirkungen auf das BIP.
O vbw pede o cancelamento dos feriados para fortalecer a economia da Baviera. Especialistas discutem impacto no PIB.

A economia da Baviera grita: menos férias para mais crescimento!

O debate sobre o número de feriados na Alemanha está a ganhar força. Num relatório actual, a Associação Empresarial da Baviera (vbw) apela ao cancelamento dos feriados religiosos, a fim de melhorar a situação económica do país. O Presidente Wolfram Hatz disse: “Precisamos de mais trabalho, menos férias”. Isto reflecte a pressão sobre a economia alemã, especialmente tendo em conta o enfraquecimento da situação económica.

O diretor administrativo da vbw, Bertram Brossardt, nomeou feriados específicos como Segunda-feira de Páscoa, Segunda-feira de Pentecostes e Boxing Day como potenciais candidatos ao cancelamento. Ele argumenta que o cancelamento de um feriado beneficiaria a economia alemã sem impor um fardo pesado aos trabalhadores. Numa comparação internacional, a Alemanha tem o maior número de feriados na Europa e o horário de trabalho anual mais curto em todo o mundo, o que alimenta a discussão sobre os ajustamentos do horário de trabalho.

Impacto económico do cancelamento de férias

Segundo cálculos do Instituto Económico Alemão (IW), o cancelamento de um feriado poderia aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) em até 8,6 mil milhões de euros. Um dia útil adicional poderia representar até 0,2% do PIB. Duas abordagens de cálculo diferentes, uma das quais envolve o chamado ajuste de calendário, mostram que um dia útil adicional poderia aumentar a produção económica em uns bons cinco mil milhões de euros. Além disso, cenários para um aumento na produção e uma redução nos custos poderiam levar a resultados semelhantes, como enfatiza o especialista em IW Christoph Schröder.

No entanto, a discussão é complexa, especialmente porque as regulamentações de feriados diferem nos estados federais. Enquanto Schleswig-Holstein, Hamburgo, Bremen, Baixa Saxónia, Berlim e Hesse têm o menor número de feriados, com dez feriados, o Sarre, Baden-Württemberg e a Baviera estão entre os países com mais feriados, com até 14 feriados. Brossardt descreve a Segunda-feira de Pentecostes como o feriado que poderia ser facilmente dispensado. Uma eliminação uniforme teria que ocorrer em toda a Alemanha.

Opiniões conflitantes sobre o tema do cancelamento de férias

No entanto, a exigência de eliminação também encontra resistência. O primeiro-ministro da Baviera, Markus Söder (CSU), pronunciou-se claramente contra a redução dos feriados. A Federação Alemã de Sindicatos (DGB) também rejeita a proposta e sublinha que os feriados são importantes para o relaxamento e a produtividade.

Contudo, a necessidade económica de tal medida é apoiada por alguns representantes empresariais proeminentes. Monika Schnitzer, chefe dos economistas, vê a abolição dos feriados como uma forma de financiar o peso da crise. Clemens Fuest, presidente do Instituto Ifo, também defende o cancelamento do feriado para compensar a escassez de mão de obra.

Globalmente, verifica-se que o tema dos cancelamentos de férias é uma área complexa e controversa que tem implicações económicas e sociais. Os desafios da economia alemã e as tendências demográficas, com mais pessoas reformadas do que novos empregados, estão a aumentar a discussão sobre o futuro das férias no país.

Para mais informações sobre este tema, leia os relatórios em RND e notícias diárias.