A economia alemã dá o alarme: défice recorde no comércio com a China!
A economia alemã enfrenta um défice comercial recorde com a China em 2025. Saiba mais sobre os desenvolvimentos e tendências atuais.

A economia alemã dá o alarme: défice recorde no comércio com a China!
A economia alemã enfrenta um alarmante défice comercial com a China, que atingiu níveis recordes em 2024. Segundo informações da O ESPELHO As relações comerciais entre a Alemanha e a China mudaram significativamente nos últimos anos. Embora a China já tenha sido o parceiro comercial mais importante da Alemanha, os EUA assumiram esta posição em 2024.
No ano passado, a Alemanha importou bens no valor de cerca de 156,2 mil milhões de euros da China, enquanto as exportações para a China ascenderam a cerca de 89,9 mil milhões de euros. Este desequilíbrio reflecte-se claramente na balança comercial: a Alemanha registou um défice de cerca de 66,3 mil milhões de euros. Esta evolução é particularmente preocupante tendo em conta que o volume total do comércio externo entre ambas as nações foi de aproximadamente 246,1 mil milhões de euros em 2024, representando uma diminuição significativa em relação aos anos anteriores.
Declínio nas exportações e importações
Embora as relações comerciais entre a Alemanha e a China tenham crescido continuamente, as estatísticas actuais mostram uma tendência preocupante: em 2023, as exportações alemãs para a China caíram cerca de 7,6 por cento, enquanto as importações caíram apenas minimamente 0,4 por cento. Isto indica um desequilíbrio potencial que pode ser prejudicial para a economia alemã. A indústria automóvel em particular, que tradicionalmente desempenha um papel importante nas exportações, poderá ser afectada por esta evolução.
As tarifas punitivas sobre carros elétricos da China impostas pela Comissão da UE em 2024, que também encontraram apoio na Alemanha, representam um desafio adicional. Estas medidas fazem parte dos esforços para proteger a nossa própria indústria e criar condições comerciais mais justas.
As perspectivas futuras
Contudo, a posição da Alemanha no comércio global não depende apenas de relações comerciais activas com a China. Em 2024, a China defendeu o seu título de maior nação exportadora do mundo e relegou a Alemanha para o terceiro lugar nesta competição global. Tendo em conta estes dados essenciais, uma análise mais profunda da situação oferece informações valiosas. A China é a segunda maior nação em termos de importações, enquanto a Alemanha ocupa o terceiro lugar. O stock de capital do investimento direto chinês na Alemanha ascendeu a aproximadamente 54,2 mil milhões de dólares em 2024, mas um declínio no investimento direto anual da China tem sido observado desde 2020.
As empresas alemãs também enfrentam desafios como a necessidade de estabelecer joint ventures na China, o que complica os modelos de negócio subjacentes.
Em resumo, pode dizer-se que a dissociação económica do mercado chinês poderá ter consequências de longo alcance para a Alemanha. De acordo com uma análise do Instituto Ifo, a deslocalização das instalações de produção alemãs resultaria numa perda estimada do PIB de cerca de 9,7 por cento, enquanto a China sofreria apenas uma perda de 0,7 por cento. O futuro das relações comerciais germano-chinesas é observado com entusiasmo, dadas as dependências que ambas as nações têm entre si e que têm um impacto significativo nas suas respectivas economias.