A UE está a planear uma substituição revolucionária para a incapacitada OMC!
A UE está a considerar um substituto para a OMC para promover o comércio. Ursula von der Leyen e Friedrich Merz discutem reformas.

A UE está a planear uma substituição revolucionária para a incapacitada OMC!
Há um intenso debate na União Europeia sobre o futuro da Organização Mundial do Comércio (OMC), que se encontra actualmente numa posição em que não consegue agir. Numa cimeira da UE em Bruxelas, Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, falou da necessidade de “redesenhar” a OMC. Este impulso visa reformar fundamentalmente a organização, que foi fundada em 1995 para enfrentar as barreiras comerciais globais. O chanceler Friedrich Merz (CDU) introduziu no debate a ideia de um “novo tipo de organização comercial” que poderia substituir gradualmente a OMC.
Merz enfatizou que o estado atual da OMC é insustentável e que são urgentemente necessários mecanismos para resolver disputas comerciais. A Chanceler já manteve conversações com outros líderes, incluindo Emmanuel Macron e Keir Starmer, para desenvolver ainda mais a ideia. Ele vê estas considerações como estando “no início” e sublinha que a disfunção da OMC exige reformas claras.
Os desafios da OMC
A OMC sofre com o crescente protecionismo, regras desatualizadas e o impasse do seu Órgão de Apelação. Este problema está a ser abordado por diversas partes, a fim de promover reformas. Von der Leyen vê a cooperação com a Parceria Transpacífico (CPTPP) como um primeiro passo para uma OMC mais eficaz. Salienta a necessidade de garantir o comércio livre numa base estável e baseada em regras.
Uma análise detalhada da crise da OMC mostra que a organização, que foi fundada com o objectivo de promover o comércio internacional e aumentar os padrões de vida em todo o mundo, já não é capaz de fazer face aos desafios actuais. A OMC é composta por 164 estados membros, que juntos administram cerca de 98% do comércio global de mercadorias. Os seus princípios fundamentais incluem o tratamento NMF, o tratamento nacional e a transparência, mas estes são cada vez mais minados por rivalidades geopolíticas.
A Ronda de Desenvolvimento de Doha, que tem estado progressivamente estagnada desde 2001, põe em evidência as dificuldades da OMC. Embora tenham sido observados progressos significativos na criação de acordos de comércio livre, as relações comerciais fragmentadas e o impasse político dentro da organização impedem reformas significativas. Os EUA estão actualmente a bloquear a nomeação de novos membros para o Órgão de Resolução de Litígios (ORL), tornando mais difícil a resolução de litígios comerciais.
O futuro do comércio mundial
Um sinal positivo foi o acordo sobre um acordo multilateral sobre subsídios às pescas em 2022, mostrando que o progresso é possível se houver vontade política. A UE lançou um acordo provisório multilateral de resolução de litígios comerciais em 2020 para apoiar a funcionalidade da OMC.
A ideia de utilizar a OMC como fórum de intercâmbio e discussão poderia ser uma estratégia para reconstruir a confiança entre os Estados-membros, a fim de avançar nas reformas tão necessárias. Os especialistas concordam que o futuro do comércio global e o papel das organizações comerciais internacionais, como a OMC, estão estreitamente ligados e que, sem uma reforma substancial, a organização continuará sob pressão.
Para mais informações sobre este tema, consulte os artigos de Reno Palatinado e bpb.