Banco central global proposto para transformação verde
Economistas propõem proposta radical para a transição energética: Banco Central Global para a Transformação Verde. São necessários bilhões em investimentos. Uma contribuição de Rainer Voss.

Banco central global proposto para transformação verde
A transformação verde para uma sociedade sustentável exige investimentos maciços no valor de biliões em todo o mundo. Embora os países desenvolvidos possam angariar recursos financeiros para isso, os países mais pobres enfrentam frequentemente obstáculos. Devido aos défices comerciais e à falta de opções de financiamento em moedas estrangeiras, estes países enfrentam grandes desafios.
Economistas da Universidade de Witten desenvolveram uma proposta inovadora baseada numa antiga ideia de Keynes. O seu conceito envolve a criação de um banco central global (GC) que introduzirá uma moeda especial chamada ECOR. Esta moeda destina-se exclusivamente à negociação de projetos de proteção climática e só pode ser utilizada por bancos centrais autorizados.
O sistema ECOR permite a realização de projectos que não seriam financiados através de meios convencionais. Um exemplo disso seria uma ONG boliviana que pretende importar painéis solares da China. O Banco Central Boliviano contrai um empréstimo em ECOR do GZ, a ONG paga o equivalente em moeda local e o Banco Central Chinês recebe o crédito ECOR para o exportador chinês.
A ideia de um banco central global e a introdução de uma moeda especial para a protecção do clima poderiam dar um contributo importante para superar os desafios da transformação verde. Contudo, permanece questionável se este conceito será apoiado e implementado por todos os decisores. Dada a dimensão global dos desafios das alterações climáticas, é crucial desenvolver soluções inovadoras e cooperativas para garantir um futuro sustentável para todas as pessoas.