Grandes empresas em crise: a economia da Alemanha está instável!
A análise da resiliência das grandes empresas mostra os desafios colocados pelas crises globais e enfatiza a necessidade de ajustes estratégicos.

Grandes empresas em crise: a economia da Alemanha está instável!
Uma análise das grandes empresas mostra que elas são vulneráveis, apesar das vendas impressionantes e do número de funcionários. De acordo com um relatório detalhado do F.A.Z. O mundo das grandes corporações e as suas estruturas não são tão estáveis como parecem à primeira vista. Crises como guerras e conflitos comerciais ameaçam cada vez mais as exportações, especialmente para a indústria alemã orientada para a exportação.
Os negócios internacionais são cruciais para a Alemanha, mas o ambiente para as empresas está a tornar-se cada vez mais difícil. Os concorrentes inovadores, principalmente da China, estão a aumentar a pressão sobre as grandes empresas alemãs. Uma retrospectiva da primeira classificação das grandes empresas alemãs de 1959 ilustra que o colapso das grandes empresas no passado teve consequências económicas profundas, mas também levou a novas formas de adaptação.
A importância da resiliência
A invulnerabilidade através do tamanho é cada vez mais questionada. Grandes empresas como a Volkswagen, a Mercedes e a BMW, em particular, enfrentam desafios que podem afectar não só elas próprias, mas também os seus pequenos fornecedores. A necessidade de adaptabilidade resiliente torna-se clara, uma vez que as grandes empresas muitas vezes não têm a flexibilidade e a velocidade de reação necessárias.
Além disso, um relatório do Serviço econômico que, nos últimos anos, crises como pandemias e perturbações comerciais expuseram a vulnerabilidade das cadeias de valor globais. Estes eventos demonstram a necessidade urgente de repensar as dependências e implementar estratégias de gestão de riscos.
Desafios e estratégias
As tensões geopolíticas e a pressão para alcançar uma economia neutra em carbono estão a exacerbar os riscos para as empresas. A indústria alemã, em particular, depende fortemente das importações de matérias-primas essenciais, o que a torna vulnerável a perturbações. Cerca de 46% das empresas da UE relatam desafios logísticos significativos e mais de metade depende de produtos específicos, dificultando a diversificação das cadeias de abastecimento.
Uma conclusão importante dos relatórios atuais é que a competitividade pode ser garantida a longo prazo através da adoção de quatro alavancas principais para aumentar a resiliência: robustez, agilidade, visibilidade e um processo de aprendizagem contínuo. Estes conceitos incluem, entre outros, a diversificação de fornecedores e o investimento em sistemas de gestão de dados bem conhecidos que podem ajudar a compreender melhor a dinâmica da cadeia de abastecimento.
No meio destes desafios complexos, o apoio a empresas “demasiado relevantes para falir” também deve ser considerado para mitigar choques sistémicos nas redes de abastecimento. A necessidade de maior transparência e de análises de risco optimizadas será de importância central para a discussão política e empresarial.