Companhias de seguros de saúde à beira do colapso: ameaça um défice de 47 mil milhões de euros!
Especialistas alertam para enormes déficits nas seguradoras de saúde. O Ministro da Saúde Warken anuncia soluções para melhorar a situação financeira.

Companhias de seguros de saúde à beira do colapso: ameaça um défice de 47 mil milhões de euros!
A situação financeira das companhias legais de seguros de saúde na Alemanha é atualmente alarmante. O economista da saúde Jonas Schreyögg alerta para um enorme défice enquanto o governo considera medidas para estabilizar os seus cofres. Empregadores e empregados pagam em média 17,5% do seu salário bruto pelo seguro de saúde obrigatório. Este ano está previsto um défice recorde de 47 mil milhões de euros, o que corresponde a 2,5 pontos percentuais da taxa de contribuição. Estes números sugerem que as receitas e despesas das companhias de seguros de saúde estão há muito tempo fora de sincronia.
A ministra da Saúde, Nina Warken, descreve a situação como “preocupante” e já anunciou que irá apoiar o fundo de saúde com 800 milhões de euros. Esta decisão é necessária porque as reservas do fundo caíram abaixo do valor legalmente estipulado. A despesa total do seguro de saúde legal ascende actualmente a 311 mil milhões de euros anuais. Warken apela a uma acção rápida para garantir a estabilidade financeira das companhias de seguros de saúde.
Reformas estruturais necessárias
Schreyögg não vê como principal problema as receitas, mas apela a reformas estruturais abrangentes para controlar os custos no sector da saúde. As propostas incluem um aumento do limite de avaliação das contribuições para 5.500 euros e a introdução de um orçamento global no setor hospitalar. Além disso, é proposto um desconto geral ou congelamento dos preços dos medicamentos, a fim de conter custos.
Outro aspecto é a reforma dos cuidados de urgência, que poderá gerar poupanças anuais até cinco mil milhões de euros. Segundo Schreyögg, as medidas para fortalecer o atendimento ambulatorial e o princípio do médico primário já resultaram na queda de 9% nas internações hospitalares.
Medidas políticas em foco
A nova coligação entre a União e o SPD está a planear medidas para evitar novos aumentos nas contribuições. O acordo de coligação concorda em criar uma comissão para examinar projectos de políticas de saúde e fazer sugestões. O Ministro da Saúde Warken já discutiu um pacote de emergência com fundos fiscais adicionais para companhias de seguros de saúde.
O Ministro Federal das Finanças, Lars Klingbeil, enfatiza a urgência de reformas estruturais fundamentais na segurança social. Ele planeja apresentar seu projeto de orçamento federal em 25 de junho de 2025, que incluirá recursos para seguro social, incluindo seguro saúde. No entanto, ainda não está claro quantos milhares de milhões serão realmente disponibilizados pelo governo federal para apoiar seguros de saúde e cuidados de enfermagem.
O CEO da DAK, Andreas Storm, também apela a uma acção imediata e ao reembolso da ajuda Corona no valor de cerca de 6 mil milhões de euros. Os desafios financeiros foram exacerbados pelas diferenças estruturais entre as receitas e as despesas das companhias de seguros de saúde legais. Um novo aumento das contribuições poderia, em última análise, aumentar os custos não salariais do trabalho e colocar uma pressão adicional sobre a economia.
Neste contexto, a situação permanece tensa e os próximos meses serão decisivos para determinar se as medidas do governo federal são suficientes para manter a estabilidade das companhias de seguros de saúde e continuar a garantir os cuidados de saúde na Alemanha.
Os especialistas assumem que sem reformas fundamentais, os défices continuarão a aumentar nos próximos anos. Schreyögg e outros especialistas expressam, portanto, a urgência de uma acção rápida, a fim de não pôr ainda mais em perigo os fundamentos económicos do seguro de saúde legal.
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