Salário mínimo de 15 euros: perigo para a economia ou salvação para todos?
O debate sobre o salário mínimo de 15 euros afeta empresas e trabalhadores. Especialistas alertam para consequências económicas.

Salário mínimo de 15 euros: perigo para a economia ou salvação para todos?
A discussão sobre o salário mínimo legal na Alemanha atingiu novas dimensões. O SPD pretende impor um salário mínimo de 15 euros, colocando as empresas em alerta. Eles temem efeitos negativos sobre a economia e o aumento do custo de vida. O salário mínimo existente é atualmente de 12,41 euros por hora, e já existem propostas para aumentá-lo para 14 euros. Estudos sugerem que tal aumento poderá ter consequências profundas para a economia e os mercados de trabalho. Um estudo do Instituto de Mercado de Trabalho e Investigação Ocupacional (IAB) mostra que 19% das empresas esperam uma descida do emprego se o salário mínimo subir para 14 euros.
A questão de saber se a economia conseguirá suportar um aumento para 15 euros permanece controversa. Segundo investigação da Plusminus, o actual salário mínimo é considerado demasiado baixo, mas existem dúvidas consideráveis sobre a viabilidade de um novo aumento. As pequenas e médias empresas da Alemanha Oriental, em particular, enfrentam desafios económicos, uma vez que mais de 50% das empresas seriam diretamente afetadas por um aumento. Nesta região, 25% das empresas esperam consequências graves, o que só se aplica a 18% dos casos na Alemanha Ocidental.
Debates políticos e diferentes posicionamentos
O debate político dentro da coligação dos semáforos (SPD, Verdes, FDP) está dividido. Embora o SPD e os Verdes apoiem um aumento do salário mínimo, o FDP é cauteloso e gostaria primeiro de esperar pela decisão da comissão do salário mínimo. Espera-se que esta comissão desenvolva uma proposta para o salário mínimo a partir de 2026 até meados de 2025. Os sindicatos defendem fortemente um aumento para reforçar o poder de compra e combater a pobreza.
As associações económicas alertam, no entanto, para possíveis prejuízos na competitividade e possíveis cortes de postos de trabalho. Os requisitos de trabalho também são cada vez mais destacados pela directiva da UE, que estabelece salários mínimos em pelo menos 60% do rendimento médio. Além disso, as alfândegas garantem que os controlos sejam intensificados para garantir o cumprimento das leis do salário mínimo.
Na Alemanha Oriental, 58% das empresas empregam pessoas que ganham menos de 14,41 euros; na Alemanha Ocidental também é de 58%. Isto realça a situação precária de muitos trabalhadores e a tensão entre a necessidade económica e a responsabilidade social. O debate sobre o salário mínimo permanece, portanto, controverso e continuará a ser o nosso tema na arena política e nos círculos empresariais. Rádio Info de RH e Folha de gerenciamento relatar detalhadamente os desenvolvimentos e suas consequências.