A Síria abre portas: mais de 500 novas oportunidades de investimento em zonas de livre comércio!

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A Síria anuncia mais de 500 novas oportunidades de investimento para revitalizar a economia do pós-guerra e encorajar o investimento estrangeiro.

Syrien kündigt über 500 neue Investitionsmöglichkeiten an, um die Wirtschaft nach dem Krieg zu revitalisieren und ausländische Investitionen zu fördern.
A Síria anuncia mais de 500 novas oportunidades de investimento para revitalizar a economia do pós-guerra e encorajar o investimento estrangeiro.

A Síria abre portas: mais de 500 novas oportunidades de investimento em zonas de livre comércio!

O estado sírio anunciou mais de 500 novas oportunidades de investimento nas suas zonas de comércio livre. Mazen Aloush, Diretor de Relações Públicas da Autoridade Geral Síria para Fronteiras Terrestres e Marítimas, explicou que estas medidas visam reanimar a economia do país após os efeitos devastadores da guerra passada. A reestruturação das zonas francas é realizada sob a supervisão da autoridade competente e abrange diversas áreas estratégicas, como Damasco, Adra e o Aeroporto Internacional de Damasco.

Além disso, será criada uma nova zona de comércio livre na província de Idlib, para a qual já foi emitido um decreto. Os trabalhos devem começar em breve. As zonas francas mais ativas incluem Adra, Damasco e o Aeroporto de Damasco. Foram iniciados os trabalhos de manutenção e modernização na maior zona franca do país, Al-Muslimiyah, estando já abertas as inscrições para um quarto das oportunidades de investimento. Estes desenvolvimentos fazem parte de um plano mais amplo para revitalizar o potencial económico da Síria.

Condições de enquadramento económico

A Autoridade Geral das Fronteiras Terrestres e Marítimas relatou um tráfego comercial dinâmico, com mais de 350 mil camiões a atravessarem as fronteiras terrestres e 850 navios de carga a fazerem escala em portos sírios desde Dezembro. A monitorização destas atividades estende-se às principais passagens fronteiriças com os vizinhos Türkiye, Líbano, Iraque e Jordânia, bem como aos portos marítimos de Tartus, Latakia e Banyas. Apesar da evolução positiva, a situação na Síria continua tensa e o ambiente empresarial é considerado hostil devido às condições políticas instáveis ​​e à corrupção generalizada.

Outro elemento das actuais aspirações económicas é a participação de responsáveis ​​sírios em cimeiras internacionais. Musan Nahas, um industrial sírio com ligações governamentais, apareceu recentemente na quarta cimeira económica árabe-francesa em Paris. A sua presença causou agitação entre o público francês, especialmente porque a Síria continua a sofrer sob as sanções da UE. Ativistas sírios expressaram fortes críticas à viagem, pois ela poderia aumentar as esperanças de normalização das relações comerciais entre a Síria e outros países.

Investimentos e desafios internacionais

A retomada das relações comerciais bilaterais com os países árabes vizinhos está em pleno andamento. Os chefes das câmaras de comércio da Arábia Saudita e da Síria já discutiram acordos, enquanto as autoridades iraquianas expressaram intenções semelhantes. A Agência Italiana de Cooperação para o Desenvolvimento também anunciou um acordo com o Crescente Vermelho Árabe Sírio. Mas os especialistas estão cépticos quanto à possibilidade de uma ampla cooperação e investimento internacional na Síria, especialmente tendo em conta as sanções ocidentais em curso.

Embora algumas empresas da UE tenham relaxado as suas restrições e estejam a realizar negócios indiretamente na Síria, o ambiente empresarial ainda é caracterizado pela incerteza. Considerações políticas como a contenção da influência iraniana e a estabilização do país poderão influenciar futuros investimentos dos Estados do Golfo, especialmente se as sanções ocidentais forem aliviadas.

Embora o Congresso dos EUA planeie aprovar a Lei Anti-Normalização, que poderá aumentar as sanções, a comunidade internacional permanece incerta sobre possíveis desenvolvimentos económicos na Síria. No entanto, o chefe da política externa da UE, Josep Borrell, expressou o seu empenho em explorar formas de melhorar a situação na Síria e em acompanhar de perto a evolução da situação.

Estas medidas respondem às necessidades claras do mercado sírio e ao seu potencial, mas os desafios, especialmente a nível internacional, continuam a ser significativos.