Dólar americano em declínio: a Europa está ameaçada pelo caos comercial?
O dólar americano está a perder acentuadamente valor, o que tem impacto nas exportações, importações e inflação na Europa. Detalhes sobre a situação económica actual.

Dólar americano em declínio: a Europa está ameaçada pelo caos comercial?
O dólar americano perdeu 10% do seu valor desde o início do ano e está no seu nível mais baixo em três anos. Este desenvolvimento poderá ter efeitos de longo alcance na economia dos EUA e no comércio internacional. Um dólar fraco poderia impulsionar as exportações dos EUA, mas ao mesmo tempo também tornar as importações mais caras, o que oferece um certo nível de protecção, especialmente às empresas norte-americanas.
No entanto, os economistas alertam que o dólar americano pode perder o seu estatuto de activo seguro em tempos de crise. Os investidores já demonstram um interesse crescente pelo ouro, o que faz subir o preço do metal precioso. Para os turistas europeus, as férias nos EUA estão a tornar-se mais baratas devido ao dólar mais fraco, enquanto os compradores online podem comprar produtos norte-americanos mais baratos, mas têm de ter em mente as tarifas e os custos de envio.
Impacto no comércio internacional
O dólar fraco também tem consequências para os exportadores alemães, entre outras coisas. Um dólar fraco encarece as exportações alemãs para os EUA, o que poderá afectar a competitividade das empresas alemãs. Ao mesmo tempo, as importações de energia dos EUA, faturadas em dólares, tornar-se-ão mais baratas, o que poderá reduzir os preços da energia na Europa. As importações mais baratas dos EUA também poderão atenuar a inflação na Europa, uma vez que as empresas têm de gastar menos em produtos provenientes dos EUA.
De acordo com um relatório da Goldman Sachs Research, a política tarifária dos EUA poderia contribuir ainda mais para a desvalorização do dólar. As alterações nas tarifas de importação dos EUA podem ter efeitos variados na economia, sendo os custos das tarifas frequentemente suportados pelos consumidores e empresas nacionais. Por exemplo, uma tarifa generalizada de 10% poderia fazer com que os EUA fossem mais atingidos pelos custos, o que poderia piorar as condições comerciais dos EUA e desvalorizar ainda mais o dólar, como ZDF relatado.
A situação tarifária atual é significativamente diferente da administração anterior, em que as empresas dos EUA poderiam considerar a aquisição de bens fora da China para evitar tarifas. Agora poderá tornar-se mais difícil para as empresas americanas evitar tarifas e poderão ser forçadas a ajustar-se a margens mais baixas, o que poderá, em última análise, levar a um dólar mais fraco, como Goldman Sachs afirmou.