Política económica da China sob pressão: críticos alertam para colapso!
A política económica da China está sob críticas em 2 de julho de 2025. O excesso de capacidade e as guerras de preços põem em perigo o crescimento e causam tensões com os EUA e a UE.
Política económica da China sob pressão: críticos alertam para colapso!
A política económica da China enfrenta críticas crescentes tanto a nível internacional como nacional. Uma influente revista do partido questionou recentemente as estratégias económicas do país e causou agitação. As críticas centram-se no excesso de capacidade e nas guerras de preços ruinosas em indústrias-chave. Estes incluem, em particular, os setores da energia fotovoltaica, das baterias de lítio e dos veículos elétricos.
As agressivas guerras de preços forçam as empresas a comprometer a qualidade. Isto inibe a inovação e o investimento em investigação e desenvolvimento. Tais medidas conduzem a um desperdício maciço de recursos sociais e à ameaça de endividamento, o que poderá, em última análise, comprometer o crescimento a longo prazo. Além dos economistas, membros da liderança comunista também expressaram críticas a estes desenvolvimentos.
Críticas à regulamentação
As autoridades locais também estão na linha de fogo. Eles são criticados por regulamentarem muito ou pouco. As regulamentações não conseguem acompanhar o ritmo do desenvolvimento económico. Precauções incompletas para falências de empresas impedem que o excesso de oferta seja eficazmente contido. Alguns governos locais criam paraísos económicos artificiais através de impostos e subsídios preferenciais.
Outro ponto é a dependência das exportações, reforçada pela fraca procura interna. Muitos cidadãos chineses estão a poupar devido a uma fraca rede de segurança social. Esta situação económica lembra muito os desafios enfrentados pelo Japão na década de 1990, que acabaram por conduzir a riscos significativos de dívida e deflação.
Tensões internacionais
A política comercial agressiva da China já provocou ondas a nível internacional, especialmente nas relações com os EUA e a UE. A chefe da política externa da UE, Kaja Kallas, alerta para os efeitos a longo prazo desta política na segurança e no emprego europeus. As críticas contínuas poderão indicar um realinhamento necessário da política económica, a fim de garantir um crescimento sustentável.
No cenário global, os EUA, sob a liderança do Presidente Trump, introduziram uma política comercial agressiva com as chamadas tarifas do Dia da Libertação. Estas tarifas não se destinam apenas à China, mas têm um impacto a nível mundial. Os países em desenvolvimento são particularmente afectados por esta situação, ao mesmo tempo que a USAID está a ser desmantelada. A China, por seu lado, está a intensificar a sua presença económica no Sul Global. A China está a tentar ganhar influência através do acesso ao mercado isento de impostos, de projectos de infra-estruturas e de investimentos em tecnologias verdes.
O 14º Plano Quinquenal da China enfatiza a importância da modernização das indústrias tradicionais, como a têxtil e a engenharia. Para reforçar a sua própria resiliência económica, a China está a prosseguir uma estratégia de auto-suficiência e controlo sobre as cadeias de valor globais. No entanto, estas medidas também conduzem a um excesso de oferta estrutural em muitos sectores, o que aumenta ainda mais a pressão sobre os preços nos países em desenvolvimento e bloqueia o seu desenvolvimento industrial.
Em resposta a estas pressões, países como a Índia, o Brasil, a Argentina e a África do Sul estão a utilizar contramedidas comerciais para proteger os seus produtores nacionais. Estes estados estão cada vez mais a associar os investimentos chineses a condições como a transferência de tecnologia e a criação de valor local. No meio destas tensões, abre-se uma nova margem política para os países do Sul Global agirem como actores independentes.
A UE enfrenta o desafio de se posicionar como uma alternativa credível à China e de desenvolver parcerias estratégicas com o Sul Global. Poderia ganhar influência através de apoio específico na construção de capacidades industriais e infra-estruturas regulamentares. Ao mesmo tempo, devem ser desenvolvidas práticas comerciais justas e instrumentos de monitorização nos países parceiros, a fim de enfrentar os actuais desafios globais.
Outro aspecto é a implementação cuidadosa dos instrumentos existentes, como o Mecanismo de Ajuste de Carbono Fronteiriço, para evitar barreiras comerciais não intencionais. Os países em desenvolvimento devem também redefinir a sua posição entre os principais blocos de poder à medida que se abrem novas possibilidades de acção.
No geral, a política económica da China encontra-se num ponto de viragem crucial, onde poderão ser necessárias reformas profundas para enfrentar tanto os desafios internos como as tensões internacionais.