Habeck alerta para a deflação: as tarifas de Trump estão a pôr em perigo a economia da Alemanha!

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O Ministro da Economia, Habeck, alerta para uma possível deflação na Alemanha devido às tarifas dos EUA e às distorções do mercado.

Habeck alerta para a deflação: as tarifas de Trump estão a pôr em perigo a economia da Alemanha!

O Ministro da Economia, Robert Habeck, alertou recentemente sobre o potencial impacto das tarifas dos EUA na economia alemã e falou de uma possível “deflação”. Este alerta surge num momento em que a economia da Alemanha cresceu 0,4% no primeiro trimestre de 2025. No entanto, este aumento não é atribuído a uma recuperação económica, mas sim a compras antecipadas por importadores norte-americanos que querem proteger-se contra aumentos tarifários iminentes. Novas negociações sobre tarifas poderiam aumentar os impostos de importação até 50%, o que poderia agravar ainda mais a situação económica. Apesar da alegação de que Donald Trump está a prejudicar a Alemanha, as actuais condições económicas mostram uma imagem matizada de como Neopress relatado.

Habeck destaca que a potencial deflação poderá ser exacerbada por mudanças no mercado internacional. Em particular, a economia da China poderia tentar abrir novos mercados na Europa para se manter competitiva. Esta evolução poderia levar a um excesso de oferta na Alemanha, o que pressionaria os preços para baixo. A deflação é definida como um declínio generalizado dos preços e está frequentemente associada à relutância do consumidor em comprar. Contudo, em tempos de dívida elevada e de investimentos em infra-estruturas, não é de esperar que os preços caiam.

Situação do mercado e concorrência

A discussão sobre as tarifas dos EUA não afecta apenas os preços, mas também a competitividade da indústria alemã. Especialistas nos EUA acreditam que as novas tarifas aumentarão os preços dos produtos importados nos EUA, o que poderá fazer com que os produtores chineses voltem a sua atenção para o mercado europeu. Poderiam oferecer os seus produtos a preços mais baixos na Alemanha, o que colocaria a indústria nacional sob grande pressão. Na pior das hipóteses, isto poderá significar que as empresas alemãs não poderão competir com os preços de dumping, alerta Habeck. Um exemplo deste tipo de deslocamento do mercado é a indústria solar, onde os fabricantes chineses inundaram o mercado com módulos solares baratos, o que representou um fardo significativo para os fabricantes nacionais.

As consequências exactas das decisões tarifárias dos EUA são actualmente difíceis de estimar. Mas o risco de deflação e de queda dos preços está a tornar-se cada vez mais provável, o que poderá prejudicar a Alemanha como local de negócios a longo prazo. Habeck também teme que a estrutura do comércio internacional se adapte, o que poderá levar a “movimentos evasivos” que ponham em perigo a produção industrial na Alemanha. Neste contexto, critica o entusiasmo geral pelo termo “perturbador”, uma vez que esta perturbação poderia pôr em perigo o controlo e a ordem na economia de mercado. Mundo relatado.