Os vencedores do Prémio Nobel soam o alarme: as políticas de Trump estão a pôr em perigo a economia global!
Em 28 de agosto de 2025, 18 vencedores do Prémio Nobel em Lindau criticaram a política económica de Trump e alertaram para a estagflação e a incerteza.
Os vencedores do Prémio Nobel soam o alarme: as políticas de Trump estão a pôr em perigo a economia global!
Em 28 de agosto de 2025, 18 ganhadores do Prêmio Nobel de Economia se reuniram para o 8º Encontro Nobel de Ciências Econômicas de Lindau, no Lago Constança. A agenda incluiu temas cruciais como a inflação, o nacionalismo económico e a influência da inteligência artificial nos mercados de trabalho e financeiros. No entanto, o foco da discussão foram as críticas massivas à política económica de Donald Trump. Joseph Stiglitz, economista vencedor do Prémio Nobel e professor da Universidade de Columbia, falou negativamente sobre a economia dos EUA sob Trump, descrevendo os EUA como um “local de alto risco” para investimento. Ele espera uma estagflação “devastadora” que poderá pôr em perigo não só a economia americana, mas também a economia global.
Stiglitz alertou que as incertezas do caos político e o “desrespeito pelo Estado de direito” eram sérios factores de risco. Os investidores procuravam uma segurança jurídica que, na sua opinião, já não existia nos EUA. Caracterizados por mudanças constantes e medidas imprevisíveis, os EUA tornaram-se um “lugar assustador para investimentos” sob Trump. Isto contrastaria fortemente com as expectativas de um desenvolvimento económico positivo. Apesar dos cortes nos impostos e nos salários que normalmente seriam favoráveis ao mercado, o enfraquecimento do mercado bolsista dos EUA mostra que o oposto é verdadeiro.
Críticas a Trump e suas medidas políticas
Nas suas observações, Stiglitz também criticou a política tarifária de Trump, que, segundo ele, estava a colocar a Reserva Federal numa posição difícil. Esta incerteza causada por decisões imprevisíveis poderá fazer com que a inflação nos EUA suba para níveis recordes. Stiglitz argumentou que os cortes fiscais que Trump fez durante o seu primeiro mandato aumentaram o défice comercial e que desenvolvimentos semelhantes podem ser esperados novamente.
Simon Johnson, outro ganhador do Nobel, chamou o isolacionismo americano de “ato autodestrutivo e tolo”. Tais medidas, que enfraquecem a reputação internacional dos Estados Unidos, deixam tanto os investidores como a economia nacional perante um futuro incerto. Roger Myerson também levantou preocupações sobre o estado da democracia nos EUA e o apoio dos eleitores aos líderes autoritários, o que mina ainda mais a confiança nas instituições políticas.
A busca de Trump por reconhecimento
No meio destas discussões críticas, surge a questão sobre as aspirações de Trump à fama internacional. Segundo relatos, Trump já pediu a vários países que o nomeassem para o Prêmio Nobel da Paz. Hilary Clinton anunciou que nomearia Trump se ele conseguisse acabar com a guerra na Ucrânia sem que a Ucrânia tivesse de ceder território. Mas embora Trump anseie por reconhecimento internacional, mesmo no magnificamente concebido Salão Oval, o seu comportamento egocêntrico é descrito por Reinhard Haller como semelhante a um manual.
Em suma, existe um quadro preocupante da economia dos EUA sob a liderança de Trump - caracterizada por incerteza financeira, tensões políticas e uma potencial paralisação económica. Os especialistas presentes na Reunião Nobel de Lindau concordaram que os desenvolvimentos actuais são alarmantes tanto para os Estados Unidos como para a comunidade global.